sábado, 12 de dezembro de 2009

ainda sobre as ciclofaixas

Ainda sobre as ciclofaixas...

Este é um país democrático e todas as opiniões devem ser respeitadas, porém, corremos o risco, muitas vezes, de que estas mesmas opiniões, por vezes pautadas pelo ímpeto da emoção provoquem ou gerem desconfortos, principalmente em quem tem pouca “voz”. Neste caso os ciclistas. Refiro-me mais especificamente à “insistência caprichosa” na argumentação de que a, não tão recente. construção da ciclovia na rua Andrade Neves é “inútil e atrapalha”, não obstante todo o debate que se fez prévio a sua construção. Muitas reuniões públicas foram realizadas e não contaram com a presença dos que agora reclamam de que esta ciclovia está sendo subutilizada. Mas, pouco usada por quem? Que parâmetros são utilizados além dos próprios dedos das mãos em alguns momentos do dia para constatar que dita ciclovia não deveria existir? E mais. Ainda que considerássemos que existem poucos ciclistas ou mesmo que poucos ciclistas utilizam a ciclofaixa, o direito destes deveria ser respeitado, como são respeitados os direitos dos moradores de uma rua sem saída, por exemplo, em que as obras de infra-estrutura atendem às necessidades do reduzido números de moradores. Teríamos que terminar com pistas de caminhada, concentradas na zona norte e que são utilizadas por uma pequena parcela da população. O que dizer então dos estacionamentos privativos ou de carga e descarga que muitas vezes beneficiam um único estabelecimento comercial. Fato é que todos estes, moradores de pequenas ruas, praticantes de exercícios físicos ou mesmos alguns estabelecimentos que solicitaram ao poder público um lugar onde possam descarregar mercadorias para suas empresas, como também os ciclistas que se “contam nos dedos”, tem direitos que devem ser respeitados como o de todos os demais, em maior número ou não. Que lógica permeia a mente de donos de estabelecimentos comerciais que acham que perderão clientes porque só há vagas de um lado da rua para estacionar seus carros? Por certo que seus negócios atraem clientes por diversos motivos, como o bom atendimento, a qualidade de seus produtos, preço, variedade, dentre tantos outros valores que sobrepujam a simples dificuldade de estacionamento. Poder-se–ia agregar aos atrativos antes citados o de serem tais estabelecimentos dotados de consciência ambiental e, em vez que vislumbrarem um problema na ciclofaixa, poderiam enxergar o início de uma solução para um problema muito maior que é o aquecimento global, ensejado em grande parte pelos veículos automotores que circulam diariamente e cujo número só faz aumentar. Se a questão do estacionamento fosse fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento, as lojas do calçadão já teriam falido há muito tempo. Devemos festejar a ciclovia, lamentando que não existam muitos quilômetros mais ou que ainda não tenham sido tomadas as medidas educativas necessárias para uma utilização plena delas. Precisamos urgentemente de uma quebra de paradigmas, englobando no espaço viário todos os que dele se utilizam, inclusive os ciclistas. Assim, poderemos finalmente dizer que estamos no caminho do progresso.

Horacio Severi

Professor (horacioseveri@yahoo.com.br)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

1º Passeio Ciclístico ECOJUS


FORO DE PELOTAS E ECOJUS PROMOVEM PASSEIO CICLÍSTICO

O Foro de Pelotas e o ECOJUS – Programa de Educação e Proteção Ambiental e Responsabilidade Social do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul – estão promovendo o Primeiro Passeio Ciclístico do Ecojus Pelotas, evento que se realizará do domingo, 31 de maio de 2009.
A concentração ocorrerá a partir das 8h, no estacionamento do Foro de Pelotas – Avenida Ferreira Viana, 1134 –, com saída prevista para as 9h, com destino à Praia do Laranjal, pela ciclovia existente.
O Passeio Ciclístico é de caráter social e sem fins lucrativos, tendo por objetivos sensibilizar a comunidade para o uso da bicicleta como meio de alternativo de transporte não poluente e alertar sobre a importância das ciclovias no município de Pelotas.
Os interessados em participar deverão efetuar inscrição até o dia 29 de maio em um dos postos de inscrição: recepção do Foro de Pelotas, Yázigi, AAPECAN, SEST/SENAT ou Postos do Guga, mediante a entrega de 1kg de alimento não perecível.
Os primeiros duzentos inscritos receberão brindes no dia do passeio e os alimentos arrecadados serão doados à AAPECAN.
Ainda haverá sorteio de duas bicicletas e uma bolsa de estudos de inglês para os inscritos.
De acordo com os coordenadores da comissão organizadora do passeio ciclístico, Assessora de Magistrado Karine Klaus e Juiz de Direito Marcelo Malizia Cabral, a expectativa é de que a comunidade participe da ação e desperte cada vez mais para a importância do uso equilibrado dos recursos naturais e da preservação do meio ambiente.
Parcerias e Apoios - O Primeiro Passeio Ciclístico do Ecojus Pelotas é uma promoção do Ecojus Pelotas e conta com a parceria da AAPECAN – Associação de Apoio a Pessoas com Câncer – e da Secretaria Municipal de Qualidade Ambiental.
Ainda apoiam o evento a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul – AJURIS –, a RBS/TV Pelotas, SEST/SENAT, SESC, Unimed, ESEF/UFPEL.
Os brindes são patrocinados pelos Postos do Guga, Banrisul, Frigorífico Castro, Yázigi, Realty, Arroz Tio João, Banrisul Reciclar, Restaurante Komilaw.


Evento: 1º Passeio Ciclístico ECOJUS
Data: 31/05/2009 - domingo
Horário: a partir das 8h
Local da saída: Estacionamento do Fórum de Pelotas
Inscrições: até o dia 29/5, no Foro de Pelotas, Yázigi, AAPECAN, SEST/SENAT ou Postos do Guga, mediante a entrega de 1kg de alimento não perecível Informações: 53- 32794900, r. 1503 e ecojuspel@tj.rs.gov.br

segunda-feira, 11 de maio de 2009

sábado, 9 de maio de 2009

AUDIÊNCIA PÚBLICA

AUDIÊNCIA PÚBLICA (discurso feito por Horacio Severi - Mubpel)

Olá a todos, muito bom dia. Me chamo Horacio, sou professor, casado, pai de um filho de 10 anos. Faço parte do MUBPel (Movimento de Usuário de Bicicleta de Pelotas) que há 6 anos luta por uma Política de trânsito que abrace a questão do ciclista com o mesmo afeto e dedicação como se abraça e protege um filho. Política que considere o ciclista em suas projeções, intervenções e planejamento de forma constante e efetiva.
Em primeiro lugar gostaria que este Governo Municipal agisse dessa maneira, de forma direta e sem rodeios, minimizando a problemática do uso da bicicleta em nossa cidade.
Temos de procurar soluções inteligentes, onde com boa vontade e esforço tudo se consegue.
Sabedores das reais necessidades dos ciclistas, percebemos que algumas vezes as medidas tomadas são paliativas, ineficazes ou insuficientes.
Não se pode omitir de olhar para um contingente de mais de 20 mil trabalhadores que se deslocam de bicicleta todos os dias pelas ruas da cidade as quais não comportam um trânsito que está cada vez maior e mais caótico.
Estes mesmos trabalhadores que se arriscam todos os dias sem saber se chegarão a seus destinos também são eleitores. Também são cidadãos e sua causa deve ser considerada nesta casa como qualquer outra que trate de saúde, meio-ambiente e qualidade de vida, questão prioritária e importante Como contam seus votos devem ser ouvidas suas vozes sem a surdez pós – eleitoral que impede se traduzam palavras e promessas em ações.
Estamos hoje na casa do povo debatendo um assunto de suma importância, mobilidade urbana, principalmente no que concerne ao uso de bicicleta e tudo ao que a ela diz respeito. Medidas simples e concretas poderiam se tornar grandes feitos sob o olhar de um cilcista, como por exemplo contar com locais seguros para deixar sua bicicleta quando vai para o trabalho, quando vai ao supermercado ou quando precisa se deslocar a algum órgão público. O Senhor Prefeito e seus Secretários, talvez, enfrentem muitas dificuldades para resolver os problemas que atingem os ciclistas. Quem sabe existam questões prioritárias para resolver. Problemas que tenham maior importância, como é o caso da saúde. Mas se olharmos para a questão do deslocamento por meio de propulsão humana veremos que este também é um assunto de saúde pública. A médio e longo prazo, uma população que pratique mais exercícios físicos deixará de procurar postos de saúde e hospitais com tanta freqüência, desinchando tais locais sempre tão superlotados.
Há ainda o aspecto do meio – ambiente, mais ciclistas, mais ar puro, menos barulho.
Andar de bicicleta e exigir uma infra-estrutura aceitável não é nenhum capricho. Deixar de atender nossas reivindicações é. Fazer as coisas sem planejamento é amadorismo. Existem pessoas, profissionais capazes de elaborar um sistema cicloviário de primeiro mundo, mas penso que falta vontade política. Vontade de abraçar a questão e apontar soluções. Existem programas, projetos Federais, alternativas inúmeras para driblar a possível escassez de recursos e Santa vitória e São Lourenço do sul são prova disto, basta um pouco de interesse como o que tem sido demonstrado pelo Vereador Eduardo Macluf que desde a época da campanha e agora, depois de eleito, tem buscado trazer a questão da mobilidade urbana para o debate sem deixar de incluir a bicicleta.
Pelotas poderá se tornar referência nacional no que tange ao cuidado de seus ciclistas, de seus trabalhadores. Poderá oferecer condições de deslocamento sendo construídas mais ciclovias ou ciclofaixas funcionais, bem planejadas e interligadas a um eixo cicloviário efetivo, construído para ciclistas ou portadores de incapacidades físicas. Poderiam ser realizados incentivos ao setor privado como contrapartida. Podem ser feitas parcerias com as Universidades que, aliás, não têm um lugar próprio para guardar a bicicleta quando não impedem o ingresso desta em suas dependências
Precisamos quebrar este paradigma e avançar no processo de civilizar a sociedade. Mas urge que estas medidas venham do Poder Público. Chegará o dia em que as ciclofaixas serão responsáveis pelo incremento da economia, seja através do turismo ou pela oferta de novos empregos, é uma questão de sermos visionários e plantarmos a semente desde já.
Algumas pessoas, poucas é verdade, tentam generalizar as atitudes de alguns ciclistas alegando que não respeitam nada. Consideram o ciclista uma espécie de marginal, pensam que são simplesmente uns pobres coitados que andam por ai de qualquer jeito, atrapalhando o trânsito como se não fizéssem parte dele. Eu mesmo já fui proibido de adentrar estabelecimentos comerciais, galerias, por estar de bicicleta.
Chegam a ser tachados, ninjas, pois pensa-se que tem o poder da invisibilidade. “Apareceu do nada”. Eu não o vi” “De onde surgiu” . Quando não se ouve coisa pior.
São atitudes que não tem justificativa e que somente podem ser consideradas como uma extrema falta de educação e respeito por pessoas, iguais a todos e que não tem condições mínimas de trafegabilidade na cidades tendo de se submeter a rotas de trânsito perigosas para trazer o sustento da família.
Por escolha, necessidade ou trabalho, lazer ou saúde todos tem o direito de pedalar com responsabilidade é fato, mas não vi em lugar nenhum o transito de veículos automotores ser proibido por existirem motoristas imprudentes, nervosos e que até dirigem alcoolizados, porque só ciclista tem de sofrer punição moral tão severa.
Em Copenhagem, 1 a cada 3 habitantes se desloca de bicicleta e estamos falado de uma cidade onde a renda per capita é maior do que a dos EUA. Seus habitantes, como também acontece em Amsterdã na Holanda, fazem tudo de bicicleta, vão para o trabalho, às compras, passeios e escolas pedalando.
E mais, crianças na escola, desde pequenas, aprendem regras de trânsito relacionadas ao uso da bicicleta.
Talvez também por isso estes países podem ser considerados primeiro mundo.
Nós, que muitas vezes buscamos inspirações em tais países, poderíamos olhar estes exemplos promovendo mudanças internas e externas principalmente àquelas relacoinadas ao preconceito.
Bem, estamos aqui reunidos para apontar soluções e ir atrás de alternativas. Esta luta não é inglória e representa melhorias para todos. Não queremos mais promessas, queremos ações. Precisamos de muito trabalho e esforço conjunto. Um cicloabraço a todos e nos encontramos em alguma esquina. Muito obrigado.

sábado, 2 de maio de 2009

audiência!!!

NÃO PERCA!
dia 05 DE MAIO na Câmara de Vereadores de Pelotas
10h > AUDIÊNCIA
16h > OFICINA
mais detalhes no cartaz:

sexta-feira, 1 de maio de 2009

<<< BICICLETADA DO TRABALHADOR >>>

lançamento da campanha:
CADA ASFALTO UMA CICLOFAIXA
afinal nós queremos, precisamos e exigimos melhores condições para pedalar!!!

concentração no Altar da Pátria
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pedalando
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pausa no Campus Porto da UFPel
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[parte da equipe da campanha]
da esquerda para a direita:
Fernanda, Susan, Maurício, Horácio, Sandro, Macluf e Guto

mais fotos em:
f e r n a n d a tomiello
ToDi

terça-feira, 28 de abril de 2009

Divulgação da campanha!!

Junte-se à campanha


cada ASFALTO uma CICLOFAIXA !!


[cartaz divulgação da campanha]


[flyer divulgação BICICLETADA]

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Para quê ciclovias?

Algumas pessoas possuem uma tendência a achar que tudo, ou quase tudo que é novo é ruim, muitas vezes, sem antes refletirem se essa “coisa nova” não pode ser a solução para um problema específico.
Há alguns anos, quando se projetou a construção do calçadão no centro da cidade, alguns acharam que seria um “caos”. O que acabaria com o estacionamento na “porta das lojas”,o que afugentaria a freguesia, provocando demissões, uma vez que com o declínio nas vendas os proprietários não teriam outra alternativa senão diminuir os gastos antes da eminente “quebra total”.
Poderia ainda citar outros exemplos, mas a questão do calçadão da Rua Andrade Neves guarda especial relação com o assunto deste artigo já que novamente é esta mesma rua causa de polêmica pela eminência da construção da ciclofaixa.
Pois bem, a atual Administração Municipal vem abordando o tema de mobilidade urbana com a seriedade e dedicação que o assunto merece.
Percebe-se assim a clara intenção de uma mudança de paradigma na política de trânsito que deva inserir os ciclistas neste universo, identificando dificuldades e apontando soluções, mesmo sabendo da falta de verba. Todas estas dificuldades aguçaram a criatividade de Secretários, engenheiros e técnicos e o que se vê são projetos, medidas e intervenções sistemáticas que começam a dar frutos. Refiro-me aqui ao mais valioso deles, a preservação de vidas. Sim, não estou escrevendo por algum capricho ou preocupado com que alguma “vantagem particular” seja prejudicada.
Há na cidade mais de 20 mil ciclistas, trabalhadores, pais de família que se arriscam a cada pedalada. O projeto da construção de uma ciclofaixa na Rua Andrade Neves parece não ter sido bem entendido por alguns. Os carros não serão estacionados no “meio da rua” entre o meio-fio e a ciclofaixa, como alguns fazem crer. Pelo plano original, amplamente explicado, pelos responsáveis, e divulgado pelos meios de comunicação, o estacionamento, do lado direito, sentido centro-bairro, será deslocado a menos de dois metros. Uma distância relativamente pequena para a largura da rua, onde não há fluxo de ônibus de linha e tem sentido único. Tenho a certeza de que os técnicos e engenheiros da SEURB têm modelos e exemplos de outras localidades onde tenha sido implantado um projeto semelhante. E mesmo que não tenham buscado inspiração em outros modelos, europeus ou americanos não são merecedores de menor crédito.
Em se concretizando a construção da mesma, o fluxo de bicicletas que circulam pela Rua General Osório diminuirá consideravelmente, os ciclistas, tendo a alternativa de circulação pela Rua Andrade Neves não terão porque ficar espremidos na Rua Osório com seu tráfego pesado, tanto pela via da direita como pela da esquerda.
Em tempos de grande preocupação com o meio ambiente, iniciativas ao uso de bicicletas como meio de transporte nos parece mais adequado, sendo evidente incentivo à implantação de melhores condições aos ciclistas.
Outra conseqüência seria a diminuição da velocidade dos carros que trafegam pela Rua Andrade Neves, inibindo, desta maneira, rachas e demonstração de potência de motores, o que põe em risco a vida não somente de quem está pilotando os “bólidos”, mas também de transeuntes.
Toda e qualquer discussão e debate é válida e necessária, porém, não se devem medir esforços, principalmente se é para evitar acidentes. Mesmo que em determinado momento haverão de se tomar decisões que podem não agradar alguns, mas que com certeza melhorarão o deslocamento de muitos.
É hora de deixarmos de lado discussões inúteis que beiram a intolerância. Sou ciclista de “carteirinha”, respeito as regras de trânsito, utilizo equipamento de proteção e como eu já existem muitos que com educação se tornarão a quase totalidade, uma vez que há condutores e condutores e com as bicicletas não é diferente.
A rua é de todos e devemos compartilhar-la, cada um ciente de seus direitos e deveres como cidadão. Espero que o bom senso prevaleça e consequentemente, teremos uma cidade mais humana que não marginaliza. Agrega.

Hector Horacio Severi Cardoso
(Movimento dos Usuários de bicicleta de Pelotas) –
www.pinhalivre.org

segunda-feira, 30 de março de 2009

CADA ASFALTO UMA CICLOFAIXA

O espaço público aberto das cidades tem sido tradicionalmente dedicado ao sistema de circulação urbana, representando patrimônio coletivo que permite que cada cidadão realize atividades e mantenha relações com a comunidade. Essa circulação é feita de diversos modos, sendo o espaço dividido entre pedestres, bicicletas e veículos motorizados, os quais têm crescido em quantidade e têm imposto severos problemas para a qualidade de vida urbana. Atualmente é conhecida a necessidade de alcançar mudanças no modo de circular nas cidades, podendo o padrão atual, que prioriza os veículos motorizados, ser considerado insustentável.

A bicicleta vem aparecendo como um veículo capaz de representar importante solução para a circulação urbana, reunindo diversas qualidades construídas na tradição de sua utilização e na inovação que pode acarretar. Nesse sentido, pesquisas têm demonstrado a eficácia da bicicleta como meio de transporte, bem como sua contribuição para a saúde e para o ambiente; ao mesmo tempo, avanços na qualidade das bicicletas, nas tecnologias das pavimentações e nas novas propostas de desenho urbano indicam ganhos para o sistema de circulação urbana, quando bicicletas são valorizadas.

Nossas cidades estão em permanente mudança, como um organismo que se renova constantemente e que pode se aperfeiçoar com a mudança. Uma importante possibilidade para isso é a realização de obras públicas em espaços abertos, como é o caso do sistema de circulação, de suas características geométricas e da destinação de seu espaço. Desde modo, ao realizarem-se obras públicas na cidade é preciso incluir a possibilidade de usar a bicicleta, oferecendo essa alternativa com qualidade e permitindo seu uso com economia, segurança e prazer.

A cidade de Pelotas é sabidamente adequada para uso de bicicletas, considerando seu tamanho, sua topografia plana, seu clima e suas tradições culturais; o movimento de ciclistas, com maioria realizando viagens ligadas ao trabalho, já atua como complementar no transporte coletivo, com vantagens financeiras para quem usa e com amenizações ambientais para todos. Porém a situação pode ser fortemente melhorada, pois a valorização do uso das bicicletas tende a provocar aumento de uso, com resultados de forte impacto positivo na economia, no trânsito, na despoluição e no prazer de viver nas cidades.

Pesquisas têm demonstrado que é possível reservar espaço para as bicicletas nas ruas tradicionais, bem como é possível compartilhar espaço em todas as ruas; isso está sendo feito em muitas cidades do mundo, sendo referenciais os casos de Bogotá, Curitiba e Santos, cujas dificuldades de implantação de um sistema cicloviário são maiores que as nossas, mas que estão sendo enfrentadas com vantagens para todos.

Está lançada em Pelotas a campanha cada asfalto uma ciclofaixa, com o objetivo de alertar que as mudança viárias precisam considerar com prioridade a implantação de um sistema cicloviário consistente, que conduza a cidade para um futuro com mais qualidade para todos. A campanha particularmente indica essa possibilidade frente às recentes obras de revestimento asfáltico realizadas na cidade, que representam oportunidade para desenhar e executar esse sistema cicloviário, melhorando a economia, a segurança e o prazer de circular na cidade.

Junte-se à campanha cada asfalto uma ciclofaixa!!! Visite o blog em
http://asfaltociclofaixa.blogspot.com, coloque o button, vista a camiseta, patrocine e venha ser mais feliz; sobre uma bicicleta somos mais bonitos, temos mais saúde e melhoramos a vida no planeta !!


Laboratório de Urbanismo da FAUrb
Laboratório de Geoprocessamento da UFPel
PET FAUrb – Programa de Educação Tutorial da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPel
MUBPel – Movimento de Usuários de Bicicletas de Pelotas

Pelotas, março de 2009.